“Killing Bono” faz homenagem tragicômica aos fracassados do rock’n’roll
2 de abril de 2011

O longa-metragem recém-lançado “Killing Bono” terá uma sessão de gala em Londres na segunda-feira, e chegará aos cinemas na sexta. É baseado no livro de memórias de Neil McCormick, com o mesmo título, mas seus criadores tomaram liberdades consideráveis com o livro original.
Diferentemente do que mostra o filme, por exemplo, McCormick nunca chegou a apontar uma arma para seu amigo de escola e também inimigo Bono, embora boa parte de sua juventude tenha sido consumida com uma obsessão pouco saudável com o sucesso estrondoso do U2 e seu próprio fracasso como cantor.
“O roteiro tomou todas as liberdades que quis com o livro”, disse McCormick, crítico de rock do jornal Daily Telegraph, falando com a Reuters. “O início é bastante semelhante ao início do meu livro, mas depois o filme se lança em sua versão própria, numa espécie de universo paralelo.”
Outra história fictícia do filme, dirigido por Nick Hamm, é a de que Neil teria ocultado o fato de que o U2 tinha pedido a seu irmão Ivan, colega de banda de Neil, para entrar para a banda (U2), o que Neil teria feito por sentir certeza de que seu próprio grupo, Shook Up!, acabaria por superar a banda rival.

McCormick disse que é menos dogmático que seu personagem no filme, mas que o ator Ben Barnes — conhecido principalmente pelo papel principal que representa em “Príncipe Caspian”, da série Crônicas de Nárnia — capta algumas características chaves que contribuíram para seu fracasso como músico.
“Nos anos 1980, cantei vitória antes da hora, e no fim não houve vitória alguma”, disse McCormick. “Meti os pés pelas mãos. Cometemos muitos erros, e eu era movido pelo tipo de ambição que conduz a erros.”
De acordo com o filme, um desses erros foi rejeitar a ajuda oferecida por Bono nos primórdios do U2 e acreditar demais em executivos musicais desonestos.

Além de tratar de falhas pessoais e fracasso profissionais, “Killing Bono”, segundo McCormick, tem um recado mais amplo a transmitir. “Na realidade, o livro mostra como é difícil atuar no ramo da música”, explicou. “A diferença entre nós e o U2 foi de mais ou menos 10 por cento, e esse 10 por cento foi a sorte.”
Membros do U2 assistiram ao filme e, embora não tenham confirmado sua precisão, uma fonte próxima da banda disse que os membros do grupo gostaram da comédia e apreciaram o retrato que ela faz de seus primórdios em Dublin nos anos 1970.
Clique para o site oficial e o blog do filme.
Valeu, UOL.
Posts Relacionados

8 de julho de 2020
3 dicas para tirar suas ideias do papel
Você tem uma grande ideia, trabalha nela dia e noite, arruma todos os detalhes, mas quando chega na hora de tornar o projeto realidade não sabe...

29 de abril de 2016
10 escritórios onde você adoraria trabalhar
Não importa o quanto você seja criativo: cercado de quatro paredes cor de concreto e iluminação mal colocada não há ideia que flua para...

4 de julho de 2020
Lettering: ideias em forma de letras
Adotado por designers do mundo inteiro como um método de escrita visualmente criativo, o lettering consiste em uma técnica de desenhar letras a...